quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

LEONI é entrevistado pela revista eletrônica MANUSCRITA #3 - leia aqui alguns trechos.

Leia trecho da entrevista do cantor e compositor Leoni, que iniciou sua carreira no outrora Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens, depois fundou o grupo Heróis da Resistência, e hoje segue com uma sólida carreira sólo. O compositor de "GAROTOS" foi entrevistado por AMANDA SOUSA e você poderá acessar o site da revista MANUSCRITA para ler na íntegra pois Leoni é um boa praça no mundo artístico. http://issuu.com/manuscrita/docs/manuscrita3
Sobre 2011: "Estou terminando de compor a trilha sonora de um filme de José Alvarenga Jr. (de OS NORMAIS e DIVÃ) com o Frejat, cujo roteiro foi baseado numa música que fizemos juntos, chamada INTIMIDADE ENTRE ESTRANHOS. A história é sobre um compositor que fica observando as relações entre seus vizinhos, e todas as músicas compostas pela personagem na istória formarão a trilha sonora do filme. Além disso, continuarei com o trabalho de divulgação do CD e DVD. Na verdade, não encaro esse momento como um novo ano, pois meu trabalho é constante. Eu quero continuar o que venho fazendo, que é compor, fazer shows, cuidar do meu site. Pretendo, aos poucos, disponibilizar as músicas desse novo CD porque, invariavelmente, elas acabarão caindo na rede. Mas nada me impede de, no meio do caminho, caso aconteça, lançar algum projeto novo. A grande graça desses novos tempos é que existem muitas possibilidades a serem exploradas, e a gente não precisa se ater mais a apenas uma delas dentro do que planejamos pra nossa carreira."

Sobre seu segundo livro: Manual de Sobrevivência no Mundo Digital: "Esse é o meu segundo livro. O primeiro, lancei em 1995 e tinha um propósito diferente, que era flar do processo criativo por meiro de entrevistas com grandes parceiros como Renato Russo, Frejat e Herbert Vianna. 
O "Manual", por sua vez, teve início com os posts que fazia em meu site, no meu "Diário de Bordo". Durante uma época, eu resolvi dar dicas para bandas que estavam começando e que pouco sabiam sobre esse mundo fonográfico pós-internet. Eu, como sempre procurei me informar a respeito, fui escrevendo com uma certa frequência e, inclusive, traduzindo textos estrangeiros que lia. Eles, em geral, tratavam da questão de como conduzir a carreira em tempos digitais, em que arrumar uma gravadora não é mais o essencial. Inicialmente, ele tinha apenas 13 capítulos. Com o pedido das pessoas que foram acompanhando as postagens no site, escrevi um e-book reunindo as postagens que havia feito e agregando mais material, para que as pessoas pudessem baixá-lo de graça em meu site, como já fazia com as músicas. Porém, mesmo disponibilizando o formato digital gratuitamente, as pessoas ainda me pediam sempre uma versão impressa, que pudessem comprar nos meus shows. Posteriormente, sob orientações que recebi de editores, acrescentei, ao que já existia, a minha história, pois eu realmente passei por todas as etapas da indústria fonográfica dos últimos tempos, desde quando vender 30 mil LPs era um grande índice de vendagem, passando pela minha decisão de me tornar um artista independente até o atual momento, em que se faz necessário o bom aproveitamento das mídias digitais para divulgar o trabalho. Depois desse acréscimo final, o e-book finalmente pode ganhar a sua versão final impressa, que foi lançada neste mês de novembro."
 
Sobre a sua música atualmente: "Outro dia, surgiu uma discussão em meu site: começaram a dizer que meu trabalho "estava indo por um caminho não muito legal". Isso acontece porque as pessoas se acostumaram com uma 'cara' da minha música. Simplesmente disse: a gente tem a obrigação de por um lado agradar ao público e, de outro, traí-lo, de apresentar alguma coisa que o surpreenda. Senão, chega uma hora em que você só faz a mesma coisa, vira o Roberto Carlos. O Roberto é genial até um determinado momento da carreira. Depois, ele congelou e começou a fazer tudo igual. Fazer tudo igual é assinar sua sentença de morte. Por isso trair o público é fundamental. Chega uma hora em que o público entende a sua intenção. O Gil diz: "o público sabe o que quer, mas também quer o que não sabe". A sua liberdade não é só a da criação, mas também a de argumentação."
Sobre os direitos autorais: "Eu não faço parte do grupo de demoniza o ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, órgão que controla a distribuição dos direitos autorais no Brasil) de jeito nenhum, pois acho que ele tem diversos pontos positivos. Eu ganho muito mais dinheiro com direitos autorais de execução hoje do que na época do Kid Abelha, pois hoje o sistema todo foi informatizado, então a fiscalização das execuções ficou mais fácil de ser feita, bem como a cobrança e o pagamento dos direitos. Entretanto, o ECAD tem um lado de proteção do autor que eu acho que, na verdade, não o protege coisa alguma, que é como ele encara a questão dos downloads. O ECAD criminaliza quem baixa músicas na Internet e torna este um ato 'ilegal'. Pra mim, o pirata é o cara que pega o seu produto, ganha dinheiro com isso e não te repassa nada. O fã que baixa sua música na Internet, não tá ganhando um centavo por isso, ele está apenas conhecendo a sua música. Se gostar, vai recomendar a todos os amigos, convencê-los a lhe acompanhar nos shows, e vai proporcionar ambientes como o da gravação do meu DVD, no qual cantamos músicas que nunca haviam sido lançadas em nenhum CD, mas que foram cantadas a plenos pulmões pelo público."
 


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